
Estamos em vésperas de um referendo. E como figura pública influente que sou, não gostava de deixar passar esta oportunidade de transmitir a minha humilde (sábia) opinião para poder guiar no bom caminho (influenciar) as pessoas que ainda têm pachorra de ler as tretas que escrevo.Para aqueles de vós que estiverem menos atentos (ignorantes), refiro-me à questão da interrupção voluntária da gravidez, vulgo aborto.
Primeiro que tudo esta questão não pode ser abordada de forma radical como é hábito. Não existem pessoas más, que odeiam criancinhas e por isso engravidam de propósito só para ter o prazer de matá-las com um aborto. Como também não existem pessoas que não fazem aborto porque acreditam que se o fizerem irão arder nas chamas do inferno… ok… talvez existam pessoas assim. Mas onde eu quero chegar, é que, quando se fala do aborto tem-se por hábito pensar em assassinos de fetos ou em beatas da igreja. Ora não existe um extremar de posições tão grande como isso. No meio é que está a virtude!
A questão que se deve colocar é: A partir de que momento na gravidez é que a criança se torna um ser humano! Parece absurdo mas esta é a QUESTÃO! A resposta como é óbvio é muito subjectiva e podem ser várias as interpretações. De certeza que não é no momento da fecundação quando não passamos dum par de células, nem nas semanas seguintes em que somos uma pasta de sangue. Se fizermos um aborto nesta altura estaremos a matar? Sou da opinião que sim, estamos a matar um ser vivo! Mas este facto perde relevância se pensarmos que ainda é só um projecto de humano! Tal como o é um espermatozóide! A principal diferença entre um feto nas primeiras semanas de gestação e um espermatozóide, é que o primeiro tem mais probabilidades de vir a ser um ser humano. Mas ambos são projectos! Se não seguirmos esta ordem de ideias, qualquer miúdo de 13 anos poderia ser acusado de assassínio em série de cada vez que se masturbasse. Em duas ou três punhetas mataria mais pessoas que o Hitler no holocausto.
Quantos dos ditos apoiantes da facção pro-vida não mataram já animais? E será que os animais são diferentes de seres humanos em fases tão imaturas como as primeiras semanas de gravidez. Será que sofrem menos? O próprio termo pro-vida está mal formulado! Se quem é contra o aborto é pro-vida, eu sou o quê? Pro-morte?
Quando alguém pensa em fazer um aborto, pode fazê-lo por várias razões, mas uma em particular sobrepõe-se a todas as outras. A criança não é desejada! Pode ser porque não há condições monetárias, porque o filho vai ser deficiente, ou até porque os pais são uns cabrões insensíveis que odeiam crianças. Todas estas motivações são objecto de questionamento e umas serão porventura mais válidas do que outras. Mas coincidem todas num ponto: Os pais naquele momento, não desejam ter o filho. E acho que é muito mau para uma criança, que os pais não a desejem.
Outra questão que se coloca é a do sofrimento! Acham que o feto sofre durante o aborto? E se sofrer acham que sofre mais naquele momento em que lhe retiram a vida ou, caso o aborto não tenha lugar, durante uma vida inteira em que não se sentisse amado ou fosse vítima de maus-tratos?
A interrupção do aborto deve ser legalizada! Logicamente com as devidas limitações. E não vou perder aqui tempo a falar nelas porque este post já se está a tornar maçudo.
Quem quer fazer um aborto deve fazê-lo sempre tendo em conta que isso será o melhor para a criança. Quem é contra, é sempre livre de não o fazer. Não queiram interferir na vida das outras pessoas. Pensem que em vez de estarem a salvar uma vida podem estar a condená-la a uma vida de sofrimento.
Tenho dito!
Feliz ano novo.
Primeiro que tudo esta questão não pode ser abordada de forma radical como é hábito. Não existem pessoas más, que odeiam criancinhas e por isso engravidam de propósito só para ter o prazer de matá-las com um aborto. Como também não existem pessoas que não fazem aborto porque acreditam que se o fizerem irão arder nas chamas do inferno… ok… talvez existam pessoas assim. Mas onde eu quero chegar, é que, quando se fala do aborto tem-se por hábito pensar em assassinos de fetos ou em beatas da igreja. Ora não existe um extremar de posições tão grande como isso. No meio é que está a virtude!
A questão que se deve colocar é: A partir de que momento na gravidez é que a criança se torna um ser humano! Parece absurdo mas esta é a QUESTÃO! A resposta como é óbvio é muito subjectiva e podem ser várias as interpretações. De certeza que não é no momento da fecundação quando não passamos dum par de células, nem nas semanas seguintes em que somos uma pasta de sangue. Se fizermos um aborto nesta altura estaremos a matar? Sou da opinião que sim, estamos a matar um ser vivo! Mas este facto perde relevância se pensarmos que ainda é só um projecto de humano! Tal como o é um espermatozóide! A principal diferença entre um feto nas primeiras semanas de gestação e um espermatozóide, é que o primeiro tem mais probabilidades de vir a ser um ser humano. Mas ambos são projectos! Se não seguirmos esta ordem de ideias, qualquer miúdo de 13 anos poderia ser acusado de assassínio em série de cada vez que se masturbasse. Em duas ou três punhetas mataria mais pessoas que o Hitler no holocausto.
Quantos dos ditos apoiantes da facção pro-vida não mataram já animais? E será que os animais são diferentes de seres humanos em fases tão imaturas como as primeiras semanas de gravidez. Será que sofrem menos? O próprio termo pro-vida está mal formulado! Se quem é contra o aborto é pro-vida, eu sou o quê? Pro-morte?
Quando alguém pensa em fazer um aborto, pode fazê-lo por várias razões, mas uma em particular sobrepõe-se a todas as outras. A criança não é desejada! Pode ser porque não há condições monetárias, porque o filho vai ser deficiente, ou até porque os pais são uns cabrões insensíveis que odeiam crianças. Todas estas motivações são objecto de questionamento e umas serão porventura mais válidas do que outras. Mas coincidem todas num ponto: Os pais naquele momento, não desejam ter o filho. E acho que é muito mau para uma criança, que os pais não a desejem.
Outra questão que se coloca é a do sofrimento! Acham que o feto sofre durante o aborto? E se sofrer acham que sofre mais naquele momento em que lhe retiram a vida ou, caso o aborto não tenha lugar, durante uma vida inteira em que não se sentisse amado ou fosse vítima de maus-tratos?
A interrupção do aborto deve ser legalizada! Logicamente com as devidas limitações. E não vou perder aqui tempo a falar nelas porque este post já se está a tornar maçudo.
Quem quer fazer um aborto deve fazê-lo sempre tendo em conta que isso será o melhor para a criança. Quem é contra, é sempre livre de não o fazer. Não queiram interferir na vida das outras pessoas. Pensem que em vez de estarem a salvar uma vida podem estar a condená-la a uma vida de sofrimento.
Tenho dito!
Feliz ano novo.